sexta-feira, setembro 01, 2006

A Nação e o Jools

Voltando a postar depois de dar um jeito no Lentium. Ele continua lento, mas logo logo vou dar um jeito nessa carroça. Nem que seja jogando na parede.
Bom, postzinho rápido só para falar que o Brasil continua bombando lá fora. Há um tempo atrás fiquei sabendo que a Nação Zumbi tinha participado do programa do Jools Holland durante a passagem da turnê da banda por Londres. Na hora fiquei feliz pela banda mas depois começou a pairar uma certa desconfiança já que quase ninguém noticiou por aqui, tais vídeos nunca apareciam na net e a banda também não fez nenhum alarde. Parecia notícia plantada. Mas eis que agora surgem os tais vídeos.
Aliás é preciso citar esse programa que é sensacional. O Later wiht Jools Holland é um dos programas mais respeitados da Europa e é comandado pelo Jools Holland que, além de músico (toca piano clássico), é apaixonado por música pop. O formato do show é o mais interessante. São 4 palcos dispostos em um estúdio circular. Portanto, um palco fica de frente para o outro o que possibilita a interação entre os músicos. O Altas Horas do Serginho Groisman copiou discaradamente esse formato. A diferença é que no Later... não aparece a Ivete Sangalo, por exemplo. Por lá só passa gente da mais fina estirpe do pop mundial. Num mesmo programa podem estar PJ Harvey, Morrissey, Oasis e Flaming Lips, por exemplo.
Tudo que acontece de bom, em termos musicais, no UK passa pelo programa do Jools. Tanto é que o cara teve a sábia idéia de lançar dvds com apresentações memoráveis que aconteceram no programa. Esses dvds são temáticos. Já lançaram, por exemplo, um só com bandas pesadas, outro de bandas alternativas (PJ Harvey, Pavement, etc.), outro só com bandas dos anos 90 (Oasis, Radiohead, Blur...), outro só com bandas dos anos 00 (Franz Ferdinand, Strokes, Interpol...). Enfim, é tudo o que falta na tv brasileira.
Bom, voltando à Nação Zumbi. Apesar de não gostar muito da banda (muito por culpa do vocalista-monocórdico-que-não-sabe-cantar. O que compensa são os tambores e a guitarra ferina do Lúcio Maia que é fodíssimo!), só o fato de uma das principais (se não a mais importante da década passada) bandas brasileiras tocar num programa do mais alto conceito no hemisfério norte já é digno de reverência. É o maracatu pesando uma tonelada.
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