sexta-feira, junho 15, 2007

What porra is that???

Isso é genial. Isso também.

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quarta-feira, junho 13, 2007

Eu te amo, porra!

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- Você tem colher aí?
- Não. Por quê?
- Porque eu tô te dando sopa, linda.
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- Seu pai trabalha na Fiat?
- Não. Por quê?
- Porque você faz o meu tipo.
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- Seu pai é rei?
- Não. Por quê?
- Porque você é uma princesa.
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- Seu pai é açougueiro?
- Não. Por quê?
- Porque você é mó filé, gata.
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* Cantadas de Pedreiro [Mode On].
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Post de dia dos namorados. Foi ontem, eu sei. É que eu não podia deixar passar essa oportunidade.
Agora é sério. Aproveitando a ocasião, o site Urbanaque resolveu lançar uma coletânea de canções de amor para celebrar o nosso valantine's day. A exemplo da coletânea temática lançada no último natal, o site reuniu músicas de bandas de destaque do cenário indie nacional que expressassem o sentimento mais complexo e viciante que a raça humana é capaz de sentir. Mas o amor é um jogo perdido, diria aquela cantora inglesa. Amy alguma coisa, sabe? Pois bem. Sabendo disso, a coletânea recebeu o o apropriado nome de "Love Hurts".
Dentre as bandas participantes do projeto estão nomes como Wander Wildner, Stereoscope, Ímpar e The Playboys, por exemplo. Destaque para as bandas Snooze com a música "Sunshine", Relespública com "Sonhando Acordado", Poléxia com "Eu te amo, porra!" e Lasciva Lula com "Pra matar a fome".
O disco também tem a inacreditável "Francine terá sua vingança em Curitiba" do inacreditável Sebastião Estiva. Um épico de mais de 8 minutos que contêm a frase "eu gosto de sexo animal/ de tomar tapa na cara/ de dar tapa na cara/e que puxem o meu cabelo". Tudo isso num clima ora soturno-dedilhado-meio rock progressivo ora grunge-podreira-early 90's. Sacou? Some a isso intervenções vocais meio pândegas da tal Francine do título. Para se ter uma idéia, é ela quem diz a parte do tapa na cara e coisa e tal.
A coletânea ainda conta com os cuiabanos hiper-ultra-mega hypados do Vanguart tocando a bela e inédita "Soon we'll be nothing" e fazendo um cover ao lado do Ludovic da música "Leonor" do Mundo Livre S/A.
Para baixar o disco é só clicar aqui.
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Abaixo uma das músicas presentes no disco.
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Lasciva Lula - "Pra matar a fome"


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quinta-feira, junho 07, 2007

Beatles Revisited

Você já deve ter ouvido falar por aí que o disco "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band", clássico-mor dos Beatles e um dos melhores da música pop em todos os tempos, completou no último 1º de julho, 40 anos de idade. Aproveitando a efeméride, a BBC Radio 2 resolveu convidar bandas contemporâneas para regravar o álbum utilizando os mesmos equipamentos que os fab four usaram na época, inclusive gravando em apenas quatro canais com o mesmo técnico de som do original. O propósito ($$) de tal projeto eu realmente não saquei ainda.
Entre as bandas participantes estão gente como Magic Numbers, Kaiser Chiefs, Stereophonics e Bryan Adams (!?). Além do disco em si (que deve ser lançado no segundo semestre), será produzido um especial para o rádio, a tv e um documentário. A primeira parte do especial foi ao ar na Inglaterra no último dia 6 com sete artistas apresentando as seguintes músicas.
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Bryan Adams - "Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band"
Kaiser Chiefs - "Getting Better"
Razorlight - "With A Little Help From My Friends"
The Fray - "Fixing A Hole"
Magic Numbers - "She’s Leaving Home"
Travis - "Lovely Rita"
Stereophonics - "Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (Reprise)"
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Desses artistas, com certeza, quem teve a tarefa mais ingrata foi o Magic Numbers, pois reproduzir o vocal original do velho Macca nesta música é realmente impossível. Sem falar na orquestração e melodia sensacional desta que, na minha humilde opinião, é a melhor música do disco. Enfim, é um clássico e mexer com clássico é sempre perigoso. A banda não decepcionou mas não chega nem a um décimo perto do original. Os "menos piores" dessa primeira parte foram os Kaiser Chiefs e os Stereophonics (cuja música se encaixa perfeitamente no estilo da banda).
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Kaiser Chiefs - "Getting Better"
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Stereophonics - "Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (Reprise)"
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Agora é esperar a segunda parte do especial que deve ir ao ar neste sábado por volta das 21h (de Brasília) e, dizem, terá ainda Killers, Fratellis e Oasis. O que chama mais a atenção é que anda rolando um boato dizendo que o Oasis regravou a indiana-psicodélica "Within You Without You". Promete ser, no mínimo, curioso.
O primeiro pacote de músicas pode ser baixado aqui.

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segunda-feira, junho 04, 2007

O amor é uma dor

"Sky Blue Sky", do Wilco, é forte concorrente a disco do ano, e digo mais: é um dos discos mais bonitos de 2007. Na verdade, 'sonoricamente' falando, o álbum não traz nada de novo já que é apenas um bom disco que mescla blues, country, folk e baladinhas anos 70. Apenas música americana "de raiz" com pitadas de Beatles e Neil Young tocadas sem firulas e de forma competente. É um disco sem gordura ou arranjos desnecessários. Enfim, nada de mais se analisarmos sob este ponto de vista.

O que chama atenção (e o torna um excelente disco) são as letras escritas por Jeff Tweedy, o líder da banda. O cara versa sobre o amor de forma esplendorosa. Mas atenção: ele não é o tipo de cara que fica contemplando o amor como se este fosse a coisa mais linda do mundo. Tweedy segue a cartilha Morrissey de amar, se é que você me entende. É um amor melancólico, que está a um passo de dar errado, se é que já não deu.

Não confunda essa melancolia e tendência ao fracasso com aquilo que se convencionou, hoje em dia, a se classificar como emo. De emo o Wilco não tem nada. NxZero e cia deveriam é ouvir Wilco e Morrissey para aprenderem como é que se faz uma canção de amor.

Em "Sky Blue Sky", Tweedy explicita sua tendência a escolher a pessoa certa que, por sua vez, não acredita ser a pessoa certa para ele ou vice-versa. Na música "Please Be Patient With Me", por exemplo, ele diz: "Eu deveria alertá-la que eu não sou bom, isso eu posso dizer/ Não há nada que eu possa fazer pra tornar isso mais fácil para você/ Você vai ter que ser paciente comigo". O tema 'rejeição' ou 'solidão' já é, de certa forma, explicitada na linda capa do disco. O álbum até começa otimista com a belíssima "Either Way": "Talvez o sol brilhe hoje/ Talvez as nuvens vão embora". Mas não demora muito para o vinho virar vinagre.

Para Jeff Tweedy não adianta ficar feliz, pois a tristeza vai estar sempre por perto como um urubu à espera do momento exato em que sua vítima vai padecer. O disco é carregado de momentos em que o amor parece ser a causa maior da dor sentida pelo cantor.

Em "Hate it Here" (uma das mais belas do álbum, e cuja melodia foi chupadaça de "You can't always get what you want" dos Rolling Stones), ele sofre pois a amada o deixou e agora ele sai correndo para atender ao telefone e fica indo toda hora à caixa de correio na esperança de que ela tenha deixado algum recado dizendo que vai voltar.

Na letra ele diz: "Eu tento permanecer ocupado/ Eu lavo os pratos, eu corto o gramado/ Eu tento manter-me ocupado/ Mesmo sabendo que você não está vindo para casa/ Eu tento manter a casa agradável e pura/ Eu faço minha cama, eu troco os lençóis/ Eu até aprendi sozinho a usar a máquina de lavar roupas/Mas manter as coisas limpas não muda nada". Mais simples e lindo que isso, impossível.
Além disso, a todo momento Tweedy parece estar tentando exorcizar seus demônios. Na faixa que dá nome ao disco, ele diz: "Com o céu tão azul/ este período podre não parece tão ruim para mim agora/ Eu não morri/ eu devia estar satisfeito/ eu sobrevivi e por enquanto isso já está bom demais para mim". Uma clara alusão ao seu vício em álcool e outras drogas.
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Veja "You are my face", outra boa do disco, ao vivo no Jools Holland

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Enfim, se você acabou de levar um pé na bunda, ou então não consegue tirar aquela pessoa da cabeça mesmo sabendo que ela não está nem aí pra você, escute esse disco. Se talvez você não vai ficar feliz, pelo menos vai te fazer ver que você não é o primeiro e nem vai ser o último que vai sofrer por amor nesse mundo.
Se você não estiver em nenhuma dessas situações, escute apenas pelo prazer de ouvir boa música. Vai te fazer bem, eu garanto.

Abaixo o clipe da lindaça "What Light", que parece que é o primeiro single do disco.
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sexta-feira, junho 01, 2007

A volta do vermelho, branco e preto

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Pois é. O White Stripes tá de volta e eu tô começando a me animar com isso. Primeiro que o disco novo parece estar mais pesado que o anterior (convenhamos que apenas umas duas ou três músicas ali eram BOAS).
Segundo porque parece que Jack White está mais inspirado que nunca. Depois de montar o Raconteurs o cara não pára de fazer música. Dizem que o segundo disco da banda já está em andamento para o fim deste ano, começo do próximo.
Terceiro porque este novo disco do WS, "Icky Thumb", parece ter como temática sons mexicanos. Basta dar uma olhada na música que dá nome ao álbum. Além de Jack White em estilo meio caubói, o vídeo desta música se passa na fronteira mexicana e tem legendas em espanhol. Sem falar que na letra ele ainda destila o seu spanglish.
E sem falar na música "Conquest" que mistura as trompetas mexicanas com a guitarra estridente do último guitar hero do rock. Só faltou soltar um "Ay caramba!". Saca só.
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Dá uma olhada no vídeo de Icky Thumb, com direito à fofinha Meg White em versão ruiva.
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