sábado, dezembro 30, 2006

As inevitáveis listas

Todo mundo faz lista de fim de ano. E eu vou fazer as minhas também, por que não? Confere aí.
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Cat Power fez o disco mais legal de 2006

Na lista de melhores discos os três primeiros lugares são de mulheres. Afinal, 2006 foi o ano delas. Cat Power fez o disco mais bacana, Lily Allen o mais divertido e Camille o mais lindo. Bom argumento, não?

Disco Internacional

1) “The Greatest” - Cat Power
2) “Alright Still” – Lily Allen
3) “Le Fil” – Camille
4) “Return to Cookie Mountain” – Tv On The Radio
5) “At War With Mystics” - The Flaming Lips
6) “Yes Virginia” – The Dresden Dolls
7) “St. Elsewhere” - Gnarls Barkley
8) “Broken Boy Soldier” - The Raconteurs
9) “Love Travels at Illegal Speeds” - Graham Coxon
10) “Pieces Of The People We Love” – The Rapture
11) “Through The Window Pane” – The Guillemots
12) “Whatever People Say I am That’s What I am Not” – The Arctic Monkeys
13) “Ringleader of the Tormentors” – Morrissey
14) “First Impressions of Earth” – The Strokes
15) “Bang Bang Rock And Roll” - Art Brut
16) “Riot City Blues” – Primal Scream
17) “Rather Ripped” – Sonic Youth
18) “Peel Sessions (1991- 2004)” – PJ Harvey
19) “Empire” - Kasabian
20) “Waterloo to Anywhere” – Dirty Pretty Things
21) “Capture/Release” - The Rakes
22) “We Are The Pipettes” – The Pipettes
23) “Voices Of Animals And Men” – The Young Knives
24) “Monsieur Gainsbourg” – Vários (Tributo a Serge Gainsbourg)
25) “Death By Sexy” – Eagles Of Death Metal

Disco Nacional

* Ouvi poucos discos nacionais este ano. Ou por falta de tempo ou porque a maioria das bandas brasileiras que eu ouvi em 2006 não tem disco lançado ainda. Então a lista sai curtinha com apenas os que eu ouvi e merecem estar aqui.

1) “Céu” – Céu
2) “Homem Espuma” – Mombojó
3) “Cê” – Caetano Veloso
4) “Moptop” – Moptop
5) “Bogary” – Cascadura

Música Nacional

* Os Superguidis emplacaram as duas primeiras posições da minha lista porque essas músicas são simplesmente sensacionais. Poderia citar mais umas outra cinco músicas e mesmo assim eles ganhariam fácil. Com certeza essa banda é uma das melhores coisas que eu ouvi este ano. Caetano vem logo em terceiro com a música mais "madura" do rock brasileiro deste ano. Se não fosse o Superguidis ele ganharia disparado também. Destaque para a música do Sebastião Estiva que nego pensa que é piada mas é boa pra caralho. Clica em cima do nome de algumas músicas para ouvi-las.

1) Malevolosidade – Superguidis
2) Ingleses Não Usam Mullets”- Superguidis
3) “Rocks” – Caetano Veloso
4) “Tempo de Carne e Osso” – Mombojó
5) “Semáforo” – Vanguart
6) 1932 – Pullovers
7) “Ave Cruz” – Céu
8) Futebol de Óculos – Pullovers
9) “Por Um Rock And Roll Mais Alcóolatra e Inconseqüente” – Rock Rocket
10) “O Rock Acabou” – Moptop”
11) “Feliz Natal Obina, Finatti e Joelma” – Sebastião Estiva
12) “Sun Sea Soccer” - Monokini

Música Internacional

* Melhor música internacional é dos Guillemots com uma que (só deus sabe o por quê) eles nem botaram no disco. Poderia botar o disco inteiro da Camille nas primeiras posições mas resolvi não avacalhar a lista. Cat Power em terceiro porque ela é foda e tem uma voz do cassete. Que voz... (suspiro).

1) “Who Left the Lights Off Baby” - The Guillemots
2) “Quand Je Marche” – Camille
3) “Living Proof” – Cat Power
4) “Steady As She Goes” – The Raconteurs
5) “Smiley Faces” – Gnarls Barkley
6) “Ta Douler” – Camille
7) “Made Up Love Song # 43” - The Guillemots
8) “LDN” - Lily Allen
9) “The W.A.N.D” – The Flaming Lips
10) “Crazy” - Gnarls Barkley
11) “Together” – The Raconteurs
12) “My Alcoholic Friends” – The Dresden Dolls
13“Trains To Brazil” – The Guillemots
14) “You Only Live Once” – The Strokes
15) “Smile” – Lily Allen
16) “Whoo Alright Yeah Uh Hu” – The Rapture
17) “I Bet You Look Good On The Dancefloor” – Arctic Monkeys
18) “Country Girl” – Primal Scream
19) “Get Myself Into It” – The Rapture
20) “Juicebox” – The Strokes
21) “Incinerate” – Sonic Youth
22) “Dear God, Please Help Me” – Morrissey
23) “Weekends And Bleak Days (Hot Summer)” – The Young Knives
24) “Emily Kane” – Art Brut
25) “Your Kisses Are Wasted On Me” – The Pipettes

Discos de 2006 que eu não ouvi mas queria ter ouvido

* Não ouvi ou por falta de tempo, ou porque está no HD do meu pc esperando a vez na fila. Tem quase a mesma quantidade da lista de discos que eu ouvi ehehe...

* “Standing In the Way Of Control” – The Gossip
* “The Warning” – Hot Chip
* “Let Me Introduce You to My Friends” – I’m From Barcelona
* “Someone To Drive You Home” – The Long Blondes
* “5:55” – Charlotte Gainsbourg
* “The Eraser” – Thom Yorke
* “La Re-Vuelta” – Los Pirata
* “Superguidis” – Superguidis
* “Idioma Morto” - Ludovic
* “Seres Verdes ao Redor” – Supercordas
* “Danç-Êh-Sá” – Tom Zé
* “Shine On” – Jet
* “Ballad Of Broken Seas” – Isobel Campbell & Mark Lanegan
* “Love” – Beatles
* “Ys”- Joanna Newsom
* “When I Said I Wanted To Be Your Dog” – Jens Lekman
* "Writer's Block" - Peter Björn and John
* “The Information” – Beck* “Modern Times” – Bob Dylan

Coisas que vão dar o que falar em 2007

* Disco novo do Arcade Fire
* Disco novo do Rakes
* Disco novo do White Stripes
* Disco novo do Radiohead
* Disco novo do Black Rebel Motorcycle Club
* Disco do Vanguart
* Disco do Ecos Falsos
* Disco da PJ Harvey
* Disco do Franz Ferdinand
* Disco do Interpol
* Shows no Brasil (Radiohead? BRMC? Interpol?...)
* Guerra dos vídeo-games no Brasil
* iPods mais baratos
* O futuro do Youtube

Promessas para 2007

Prometo ser um bom menino, respeitar meu papai e minha mamãe e ser mais saudável. A partir de agora só vou tomar suco... de cevada!

Tchau.

Até o ano que vem.

segunda-feira, dezembro 25, 2006

Tô chocado!

David Bowie levou uma pirulitada no meio do olho e eu era o único que não sabia disso? O legal de tudo é que ele voltou para o palco e xingou o cara que jogou o pirulito no palco. Mais legal ainda é que um fotógrafo sortudo conseguiu registrar o exato momento que o pirulito acertou o olho verde do Bowie. Ainda bem que não foi no olho azul dele.
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Eu pensava que o Papai Noel era bonzinho.



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James Brown (1933 - 2006)

James Brown morreu. O cara que influenciou de Jimi Hendrix a Racionais, inventou as bases do "moonwalker" do Michael Jackson e criou clássicos do naipe de "Get Up (I Feel Being Like A) Sex Machine" e "I Feel Good" se foi. O cara era tipo superstar, showman, Godfather of Soul, o Elvis negro. Michael Jackson (e não só ele) deveria escrever um livro tipo: "Porque eu devo minha carreira a James Brown". Ainda bem que ele reconhece isso desde os tempos que ele ainda era um ser humano normal. Aqui você vê um vídeo sensacional de Michael Jackson e Prince mostrando ao mestre que de fato eu não estou falando bobagem.

James Brown era tipo um showman amparado por uma locomotiva dançante, saca? Gênio. Contraditório e espetacular, como todos que se encaixam nessa categoria feita para poucos, aliás.

R.I.P

sábado, dezembro 23, 2006

Natal, o amor e a amizade

* Aproveitando o clima natalino do post anterior, o Natal vai continuar sendo o tema aqui. Não exatamente o Natal e sim o "clima natalino" desta época do ano. É que a banda Zefirina Bomba também disponibilizou versões de músicas natalinas. Fizeram versões porretas de "Boas Festas" e "Sino de Belém".
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* Já outra música que tem como objetivo trazer de volta o espírito de amor e amizade é "We're From Barcelona" da banda I'm From Barcelona. A banda, que não é de Barcelona e sim da Suécia, conta com nada mais, nada menos do que vinte e nove, eu disse, VINTE E NOVE integrantes. Conheci eles recentemente e quando ouvi essa música achei até meio brega mas depois ela desce que é uma beleza. Já é candidata a melhor música do ano fácil fácil. Só o verso “Love is a feeling that we don’t understand but we gonna give it to you” já é a coisa mais linda escrita nesse 2006. Espalhar o amor e a amizade. Isso é o que importa para o I'm From Barcelona.
Abaixo um vídeo deles tocando pelas ruas de Paris. O legal é que começa com o vocalista cantando e daí em cada esquina cada vez mais integrantes do grupo vão se juntando a ele. No fim vira uma tremenda festa com a galera toda se divertindo no meio da rua. Sensacional.
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* Aliás esse vídeo foi gravado pelo sensacional weblog La Blogotheque. Trata-se de um (como eu disse) weblog que teve a sensacional idéia de convidar bandas para se apresentarem ao vivo. Só que ao invés de botar os músicos para tocar num local inóspito como um estúdio, por exemplo, resolveram levá-los para lugares menos convencionais como, por exemplo, tocar na beira de um rio, em cima de uma ponte ou em movimento pelas ruas de algum lugar. Coloco abaixo um vídeo sensacional do sensacional Guillemots tocando a sensacional "Annie let's not wait" numa praça pública em Paris. Já pensou estar andando no meio da rua e topar com um show dos Guillemots? Sensacional!
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quarta-feira, dezembro 20, 2006

O Hook, as capas e o Natal

* Na recente visita do New Order ao Brasil, o baixista Peter Hook disse que os shows pela América Latina poderiam ser os últimos da banda. Não disse com todas as letras que a banda chegou ao fim mas deu a entender que já está com o pé na cova. A notícia que surge agora é que o próprio Hook já está se mexendo e formando uma nova banda. Detalhe: formada por TRÊS baixistas não menos espetaculares que ele. O cara chamou ninguém menos do que Andy Rourke (ex-Smiths) e o piradaço Mani (ex-Stone Roses e, atualmente, no Primal Scream) para a missão. Resta agora saber se a coisa é séria e se vai dar certo, já que "superbandas" têm o histórico de nunca funcionarem. Detalhes aqui.
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* A nova "bíblia" musical Pitchfork Media elegeu as 25 piores capas de disco de 2006. Capas tipo essas:
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As capas acima são (da direita para a esquerda) das bandas Cex e Whirlwind Heat. Ainda foram "destaques" capas de bandas como Tv On The Radio, Red Hot Chili Peppers e Pearl Jam para ficar nos mais conhecidos. A lista completa aqui.

* Natal chegando e o site Urbanaque resolveu lançar um EP natalino. Reuniu artistas de destaque da cena indie nacional como Sebastião Estiva, Los Pirata, Ecos Falsos, Banzé, Rockassetes e Johnny Suxxx and The Fucking Boys para fazerem músicas com o Natal como tema. Destaque para a versão portunhol dos Los Piratas ("Buenas Fiestas") e para Sebastião Estiva com a música com um dos melhores títulos deste ano ("Feliz Natal para Obina, Finatti e Joelma"). Baixa aqui vai.

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Você

A revista Time na sua tradicional edição que escolhe a personalidade do ano resolveu (acertadamente) escolher VOCÊ como protagonista de 2006. Na era da informação e interatividade onde blogs, fotoblogs, podcasts e similares dão a informação antes dos jornais, revistas e da própria tv, e o onde o Myspace virou a sua rádio e o Youtube a sua televisão, nada mais adequado. O que será que 2007 promete?
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domingo, dezembro 17, 2006

O novo e o velho porão

Um dos mais lendários porões da história parece que começa a realmente se desintegrar. O CBGB's, berço de bandas clássicas como Blondie, Television, Richard Hell & The Voidoids e, claro dos Ramones (talvez a banda-símbolo do lugar) está de mudanças para Las Vegas devido ao alto custo de seu aluguel em Nova York e deixa pra trás mais de trinta anos de histórias. Há alguns meses aconteceu um show de despedida na casa que teve a presença de Patti Smith, Blondie e outros que fizeram a fama do lugar. Infelizmente, a demolição da casa de shows já começou. Até os famosos mictórios já se foram. Fotos da destruição aqui.
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O CBGB's é o velho porão. O novo porão, não é bem um porão. Na verdade, trata-se de um novo programa da tv britânica chamado "From the Basement". Idealizado por Nigel Godrich, produtor que tem no currículo discos como o clássico "Ok Computer" do Radiohead além de outros trabalhos com artistas como REM e Beck, por exemplo. O título do programa é por causa do seu caráter intimista. Não possui apresentadores e nem platéia. apenas o artista tocando suas músicas. O mais sensacional de tudo é que logo na estréia os convidados são White Stripes (seria um sinal de que a banda vai continuar mesmo com o "fator Raconteurs"?) e Radiohead. Na verdade apenas o Thom Yorke no piano tocando músicas inéditas. De novo: TOCANDO MÚSICAS DO PRÓXIMO DISCO DO RADIOHEAD!

O programa é gravado em alta definição nos famosos Maida Vale Studios em Londres e vai estar disponível para download (pago) logo após sua exibição. Pelo que eu entendi este download só poderá ser visto um certo número de vezes depois ele se auto destruirá (no caso, vai se auto deletar). Tipo James Bond, saca? Vai ao ar amanhã na Inglaterra mas não duvido nada que numa fração de segundos vai estar no Youtube ou algo parecido. Mais informações aqui.

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Camille, ma belle

Esse ano definitivamente foi o ano das mulheres. Não só na música, mas de uma forma geral. No Chile e na Alemanha, por exemplo, foram as mulheres que passaram a mandar no governo. Se formos ficar apenas no meio musical a coisa fica ainda mais séria. Beth Ditto (The Gossip), Lily Allen, Madonna, Britney Spears (bléarh!), Céu (quem?) e Lovefoxx foram alguns dos vários nomes que se destacaram ou, pelo menos, deram o que falar em 2006. Uma moça que poderia ser incluída nesta lista mas dificilmente se enquadraria no padrão "cool-hype-capa da NME" é uma cantora chamada Camille Dalmais, mas que assina apenas Camille. Ela é francesa, tem 26 anos e lançou um dos discos mais espetaculares do ano.
Dona de uma voz encantadora, que às vezes lembra a Björk, ela é daquelas cantoras que você se apaixona logo na primeira audição. Pouca gente sabe mas ela inclusive veio ao Brasil este ano para se apresentar no festival Abril pro Rock em Recife além de passar, se não me engano, por São Paulo também. E me pergunto: como ninguém divulgou, fez entrevista ou sequer deu importância pra ela? Que absurdo!
Ela desembarcou em terras tupiniquins para divulgar o disco "Le Fil", lançado lá fora em 2005 mas apenas este ano no Brasil. O disco tem como conceito (pelo menos foi o que eu entendi) a vida, através do tal fio do título. Nas apresentações ao vivo o palco é literalmente atravessado por um fio branco que separa a cantora da platéia. Além disso, Camille vai se riscando durante o show. Durante algumas músicas ela simplesmente pega uma caneta e começa a desenhar um fio no próprio corpo. Ao final da jornada não se sabe mais onde começa e nem onde termina o desenho.
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No disco o tal fio é representado por um zumbido suave e intermitente que só é percebido nos momentos de silêncio ou durante a transição entre uma faixa e outra. A sonoridade do disco vai das tradicionais "chansons" francesas dos anos 30 e 40 passando pelo folk, pop francês da década de 60, bossa nova e experimentalismos. O disco anterior da cantora, "Les Sacs de Filles" (lançado em 2002), vendeu cerca de 300 mil cópias na França (um verdadeiro fenômeno) e fez de Camille uma verdadeira febre. Já até colocaram a moça dentro de um movimento chamado 'nouveau chanson'. Em março deste ano Camille ganhou dois prêmios Victoires (tipo o Grammy francês) por melhor perfomance ao vivo e disco do ano por "Le Fil". Ela também participou do projeto Nouvelle Vague que consistia em um disco com releituras de clássicos do punk e pós-punk. Ela fez uma versão mezzo sexy mezzo chanson de "Guns of Brixton" do The Clash que, por sinal, você pode ouvir aqui.
A vontade de inovar e ser diferente é que se torna a cereja do bolo no trabalho de Camille. Muitas vezes não é possível identificar quais instrumentos compõem as músicas, às vezes dá a impressão de se ouvir um baixo de repente esse baixo já é um violoncelo, depois parece um sintetizador e depois você acaba se surpreendendo e percebe que o tal som foi feito... com a boca!
Camille é acompanhada no palco por mais dois caras que se encarregam de tocar piano, baixo, bateria, sintetizadores e fazer sons estranhos com a boca, bater palmas, estralar os dedos, bater no peito, este tipo de coisas. Sabe aquele grupo de São Paulo, o Barbatuques? Então, mais ou menos esse esquema. E o melhor de tudo é que toda essa maluquice se encaixa perfeitamente e resulta num pop delicioso pontuados pelo lindo sotaque que só a língua francesa proporciona.
Músicas como "La Jeunne Fille Aux Cheveux Blancs", "Assise", "Pour Que L'amour Me Quitte" e as vinhetas "Janine I", "Janine II" e "Janine III" parecem terem sido compostas para alguma companhia de balé ou coisa parecida tamanha é a delicadeza apresentada ali e tamanha é a consciência de Camille no que diz respeito à sua voz.
"Vertige", por exemplo, começa com um jogo de vozes que simula pingos d'água que, se ouvidos com atenção, realmente causam certa vertigem no ouvinte. Além disso "Ta Douler" (clipe aqui), "Vous", "Baby Carni Bird" (a única cantada em inglês), "Au Port" (clipe aqui) são verdadeiras pérolas pop, de acordo com o que "pop" significa para Camille, é claro. Se você tiver que ouvir duas músicas para verdadeiramente se apaixonar pela moça, vá atrás de "Quand Je Marche" e "Rue de Ménilmontant", perfeitas para se imaginar caminhando pelas ruas de Paris durante a primavera. Se você não se emocionar com isso, procure um médico.
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* Veja a sensacional performance de Camille em "Ta Douler" no programa Taratata da tv francesa.
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* Camille cantando "Au Port" no mesmo programa.
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Site Oficial

sexta-feira, dezembro 08, 2006

John Winston Lennon

* 9/10/1940
† 8/12/1980
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quinta-feira, dezembro 07, 2006

Nem tudo está perdido

Matérinha que eu fiz para o grande e prestigiado jornal Folha de Jardinópolis. Abaixo, a versão não mutilada pelos editores. Malditos editores... hehehe.
A versão que saiu impressa você vê aqui e aqui.
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Ribeirão Preto se movimenta nos subterrâneos
Grupo de pessoas tenta consolidar uma cena alternativa na cidade
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......................................................................Divulgação/TUTU

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Em Ribeirão Preto, e em grande parte das cidades da região, é difícil encontrar baladas fora do esquema rave-micareta-música eletrônica de rádios comerciais. Quem gosta de um som mais alternativo e diferente, na falta de opção, é obrigado a inventar sua própria balada. Pensando nisso, e se utilizando do velho lema punk do ‘faça você mesmo’, algumas pessoas começaram a se movimentar para mudar esta situação.
Em 2002, um grupo de djs decidiu criar o coletivo TUTU com o objetivo de criar festas onde a música fosse não-comercial e esse conceito também fosse estendido para as pessoas. Mesmo causando certa estranheza num primeiro momento, o grupo resolveu arriscar e seguir em frente.
“No começo foi difícil, pois o público estava pouco acostumado ao tipo de som que estávamos tocando”, conta Danilo Psico, um dos membros do TUTU. Logo o leque de pessoas que passou a freqüentar as festas do grupo aumentou. “Nas festas pode-se encontrar de tudo. Branco, preto, rico, pobre, hétero, homo. Mas todos têm algo em comum: o desejo de ir a uma festa que reúna pessoas descontraídas com uma música de qualidade”, diz ele.
Notando a carência da cidade em eventos como este, outras pessoas também começaram a criar mais festas. Tiago Ferreira se mudou para Ribeirão Preto e com a ajuda de amigos resolveu criar um festival que incluísse bandas alternativas, discotecagem e exposição de arte. Desta forma surgiu, o Groselha Fuzz que em sua primeira edição contou com 7 bandas, discotecagem do grupo STUDIO11 de Franca além de venda/exposição de livros de arte e grafitti. “A proposta da Groselha Fuzz é de apresentar artistas que tenham algum diferencial em seu trabalho e colocar Ribeirão Preto na rota de bons shows”, explica Tiago.
O festival não se restringe apenas às festas com bandas e discotecagem e também oferece ações culturais com oficinas e exposições e já tem em seu currículo cerca de vinte eventos realizados além de vários nomes de destaque na cena independente nacional e internacional (como a banda argentina Corazones Muertos e Joe Lally, baixista da banda norte-americana Fugazi). “O critério de seleção das bandas, basicamente, gira em torno de artistas com trabalho próprio que apresentem algum diferencial, que tenham qualidade e espontaneidade. Há uma dose de bom senso, claro. Por exemplo, se no último evento tocou uma banda de surf music, não vou colocar outra banda de surf music no evento seguinte”, diz Tiago.
Outro grupo que agita a cidade é o Meia Dúzia Djs responsáveis pelas festas Hey Ho! especializadas em rock’n’roll. Todos esses grupos possuem intercâmbio entre si. Com isso, o movimento vai ficando cada vez maior. “Tentamos sempre manter certo diálogo. E também há um núcleo de pessoas que freqüentam sempre as mesmas festas”, diz Daniel Chiaretti, um dos seis djs do projeto.
Porém um grande empecilho para que estas festas aconteçam é a falta de lugares adequados e que estejam interessados em abrir espaço para uma cultura mais alternativa. Em Ribeirão, hoje, são poucos os bares que reservam noites voltadas para um som diferenciado do habitual. Alguns dignos de nota são o Bronze Night Club, Liver Power Rock (conhecido como Porão), Mogiana, Paulistânia Rock Bar e mais recentemente foi inaugurado o Penélope Bar. “Para bandas alternativas, praticamente não há lugares para tocar. No caso do Groselha Fuzz, sempre foi necessário adequar o espaço à festa, que já aconteceu em oito lugares diferentes entre boates, pubs e chácaras”, explica Tiago. “O que falta na cidade é um bar que tenha sua programação voltada apenas à música alternativa, fato este que está próximo de acontecer, acredito eu”, diz Danilo Psico, do TUTU.
Para diminuir um pouco esta carência, um espaço voltado para a arte alternativa acaba de ser inaugurado em Ribeirão Preto. O Espaço Cultural ‘A Coisa’ tem como objetivo criar um intercâmbio cultural através das artes e por quem as produz, as pessoas. O local é um projeto dos membros da revista ARP (que cobre a arte alternativa de Ribeirão e região) e abre espaço para música, poesia, cinema, teatro, discussão de idéias além de oferecer oficinas culturais e possuir uma biblioteca coletiva onde todos os livros foram doados por quem freqüenta o local.
Além disso, o próprio local também serve como instrumento artístico já que as pessoas que o freqüentam podem escrever, pintar ou desenhar nas paredes internas do lugar. “Todo sábado organizamos saraus produtivos cuja programação varia entre as pessoas que visitam o local e trazem as suas diferentes artes e peças de teatro. ‘A Coisa’ é uma possibilidade de criar bases de convivências duradouras e produtivas na cidade”, diz Lucas Arantes, responsável pelo local.
Com pessoas dispostas a movimentar a cultura underground, alguns locais abrindo espaço e até uma revista voltada para esse aspecto, será que dá para se dizer que a cidade possui uma ‘cena’ alternativa? “Acho complicadíssimo falar de ‘cena alternativa’ na cidade, pois não vejo grandes movimentos. Vejo um público curioso, interessado. Acho que ainda é cedo para considerar uma cena alternativa na região”, diz Tiago Ferreira.
“Para a cena se desenvolver, todas as pessoas envolvidas devem trabalhar em conjunto, já que a cidade tem sim potencial para abarcar diversos projetos do gênero. No entanto, essa camaradagem não pode prejudicar a cena, criando um clima no qual até mesmo os projetos ruins são elogiados. Senso crítico, portanto, é fundamental”, explica Daniel Chiaretti.
Apesar de, aparentemente, ainda não estar consolidada, a tal cena independente está perto de se concretizar. “A diversidade musical que está sendo criada aqui é incrível, difícil de se ver em mundo tão segmentado e formado de rótulos como o de hoje. Admito que é a minoria das pessoas, mas está acontecendo”, conclui Danilo Psico.
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Serviço
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* Meia Dúzia Djs
Contato: www.myspace.com/meiaduzia
www.flickr.com/photos/meiaduzia
Próxima festa: “Hey Ho Ho Ho!” dia 23/12 (especial de natal)
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* TUTU
Contato: tutublack.sites.uol.com.br
http://tutublack.nafoto.net/
Próximos eventos:
TUTU 4 Anos no bronze c/ DJ Paulão (SP) – sexta, dia 8/12
“Lost in Music” 1 ano c/ TETINE (Londres) – sexta, dia 15/12 no Penélope.
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* Groselha Fuzz
Contato: www.myspace.com/groselhafuzz
http://www.flickr.com/photos/groselhafuzz
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* Espaço Cultural ‘A Coisa’
Contato: Rua Amador Bueno, 1300 (Funcionamento: de seg. a sexta a partir das 15h.
Fone: 9728-9769
arpnacoisa@hotmail.com

terça-feira, dezembro 05, 2006

Supa' quick

Dia 1º de dezembro foi dia internacional de luta contra a Aids. Engraçado que eu não vi nenhuma campanha, nem programa de distribuição de preservativo, passeata ou coisa do tipo ser noticiada. Nas tvs quase ninguém deu bola para a coisa. Vi só a MTV tratando o assunto mais profundamente, fazendo vinhetas durante a programação e exibindo até documentários (produzido pela MTV Brasil e exibidos em todas as MTVs do mundo). Um dos documentários abordava a Aids entre a juventude de países como o Brasil, México e Jamaica e fazia uma relação muito interessante sobre o uso de drogas e a propagação da doença entre os jovens. Apresentava como solução o debate aberto, sem preconceito, sobre a discriminalização das drogas, a igualdade dos sexos, etc. Bem interessante, achei.
Num país continental e, consequentemente, com um número de infectados muito grande, ninguém (governo e mídia mais precisamente) dar atenção ao assunto, é realmente lamentável. Apesar dos avanço alcançados na venda de remédios, o país ainda carece de medidas mais efetivas de combate à doença.
Enfim, na tentativa de conscientizar os míseros leitores deste espaço, aqui vai um modo simples, prático e eficiente de se previnir. Supa' quick... eheheh.
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São muitos os filmes sobre músicos prometidos desde o ano passado. Estão preparando um sobre Jimi Hendrix que chegou a cotar Andre 3000 (do Outkast) e até Lenny Kravitz para o papel principal, um sobre a vida de Ian Curtis baseado no livro de sua viúva também já está sendo encaminhado e recentemente foi anunciado que vão fazer uma cinebiografia do gênio Brian Wilson, dos Beach Boys. Outro filme que estava prometido há muito tempo era "Factory Girl" sobre Edie Sedgwick, atriz, modelo e musa de Andy Warhol, morta em 1971. Já lançaram um trailer na web. Sienna Miller, de fato, lembra Edie fisicamente, mas não senti muita firmeza ainda. A começar por Guy Pearce como Warhol e Hayden Christensen como Bob Dylan. A trilha sonora, pelo menos no trailer (com a sensacional "Life On Mars" do David Bowie), parece que vai ser excelente.
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